sexta-feira, 9 de novembro de 2012

A IMORTALIDADE DA ALMA “SÓCRATES”


CONHECE-TE A TI MESMO...
Alguns séculos antes de Cristo, vivia em Atenas, o grande filósofo Sócrates.
A sua filosofia não era uma teoria especulativa, mas a própria vida que ele vivia.
Aos setenta e tantos anos foi Sócrates condenado à morte, embora inocente.
Enquanto aguardava no cárcere o dia da execução, seus amigos e discípulos moviam céus e terra para o preservar da morte.
O filósofo, porém não moveu um dedo para esse fim; com perfeita tranquilidade e paz de espírito aguardou o dia em que ia beber o veneno mortífero.
Na véspera da execução, conseguiram seus amigos subornar o carcereiro (desde daquela época já existia essa prática...), que abriu a porta da prisão.
Críton, o mais ardente dos discípulos de Sócrates, entrou na cadeia e disse ao mestre:
Foge depressa, Sócrates! Fugir, por que? - perguntou o preso.
Ora, não sabes que amanhã te vão matar? Matar-me? A mim? Ninguém me pode matar!
Sim, amanhã terás de beber a taça de cicuta mortal - insistiu Críton. Vamos, mestre, foge depressa para escapares à morte!
Meu caro amigo Críton - respondeu o condenado - que mau filósofo és tu! Pensar que um pouco de veneno possa dar cabo de mim ...
Depois puxando com os dedos a pele enrugada da mão, Sócrates perguntou: Críton, achas que isto aqui é Sócrates?
E, batendo com o punho no osso do crânio, acrescentou: Achas que isto aqui é Sócrates? ... Pois é isto que eles vão matar, este invólucro material; mas não a mim. EU SOU A MINHA ALMA. Ninguém pode matar Sócrates! ...
E ficou sentado na cadeia aberta, enquanto Críton se retirava, chorando, sem compreender o que ele considerava teimosia ou estranho idealismo do mestre.
No dia seguinte, quando o sentenciado já bebera o veneno mortal e seu corpo ia perdendo aos poucos a sensibilidade, Críton perguntou-lhe, entre soluços: Sócrates, onde queres que te enterremos?
Ao que o filósofo, semiconsciente, murmurou: Já te disse, amigo, ninguém pode enterrar Sócrates ... Quanto a esse invólucro, enterrai-o onde quiserdes. Não sou eu... EU SOU MINHA ALMA...
E assim expirou esse homem, que tinha descoberto o segredo da FELICIDADE, que nem a morte lhe pôde roubar.
“CONHECIA-SE A SI MESMO, O SEU VERDADEIRO EU DIVINO. ETERNO. IMORTAL..."
Assim somos todos nós seres IMORTAIS, pois somos ALMA, LUZ, DIVINOS, ETERNOS...
Nós só morremos, quando somos simplesmente ESQUECIDOS...

     SÓCRATES

Texto: Uberto Rhodes

Nenhum comentário:

Postar um comentário