O prestigiado jornal Folha Espírita de
maio/11 traz uma revelação feita em 1986, pelo médium Francisco Cândido
Xavier a Geraldo Lemos Neto, fundador da Casa de Chico Xavier de Pedro
Leopoldo (MG) e da Vinha de Luz Editora, de Belo Horizonte/MG, sobre o
futuro reservado ao planeta Terra e a todos os seus habitantes nos
próximos anos.
Pois então, Emmanuel
escreveu isso nos idos de 1938 e estou informado que essa reunião de fato
já ocorreu. Ela se deu quando o homem finalmente ingressou na comunidade
planetária, deixando o solo do mundo terrestre para pisar pela primeira
vez o solo lunar. O homem, por seu próprio esforço,conquistou o direito e a
possibilidade de viajar até a Lua, fato que se materializou em 20 de julho
de 1969.
Naquela ocasião, o Governador Espiritual da Terra, que é Nosso Senhor
Jesus Cristo, ouvindo o apelo de outros seres angelicais de nosso Sistema
Solar, convocara uma reunião destinada a deliberar sobre o futuro de nosso
planeta.
O que posso lhes dizer, é que depois de muitos diálogos e debates entre
eles foram dadas diversas sugestões e, ao final do celeste conclave,
a bondade de Jesus decidiu conceder uma última chance à comunidade
terráquea, uma última moratória para a atual civilização no planeta Terra.
Todas as injunções cármicas previstas para acontecerem ao final do século
XX foram então suspensas, pela Misericórdia dos Céus, para que o nosso
mundo tivesse uma última chance de progresso moral.
O curioso é que nós vamos reconhecer nos Evangelhos e no
Apocalipse exatamente este período atual, em que estamos vivendo, como a
undécima hora ou a hora derradeira, ou mesmo a chamada última hora”.
Extremamente curioso com o desenrolar do relato de Chico
Xavier, perguntei-lhe sobre qual fora então as deliberações de Jesus, e
ele me respondeu: “Nosso Senhor deliberou conceder uma moratória de 50
anos à sociedade terrena, a iniciar-se em 20 de julho de 1969, e,
portanto, a findar-se em julho de 2019. Ordenou Jesus, então, que seus
emissários celestes se empenhassem mais diretamente na manutenção da paz
entre os povos e as nações terrestres, com a finalidade de colaborar para
que nós ingressássemos mais rapidamente na comunidade planetária do
Sistema Solar, como um mundo mais regenerado, ao final desse período.
Algumas potências angélicas de outros orbes de nosso Sistema Solar
recearam a dilação do prazo extra, e foi então que Jesus, em sua
sabedoria, resolveu estabelecer uma condição para os homens e as nações da
vanguarda terrestre.
Segundo a imposição do Cristo, as nações mais desenvolvidas e
responsáveis da Terra deveriam aprender a se suportarem umas às outras,
respeitando as diferenças entre si, abstendo-se de se lançarem a uma
guerra de extermínio nuclear. A face da Terra deveria evitar a todo custo
a chamada III Guerra Mundial.
Segundo a deliberação do Cristo, se e somente se as nações terrenas,
durante este período de 50 anos, aprendessem a arte do bem convívio e
da fraternidade, evitando uma guerra de destruição nuclear, o mundo
terrestre estaria enfim admitido na comunidade planetária do Sistema Solar
como um mundo em regeneração. Nenhum de nós pode prever, Geraldinho, os
avanços que se darão a partir dessa data de julho de 2019, se apenas
soubermos defender a paz entre nossas nações mais desenvolvidas e cultas!”
Perguntei, então ao Chico a que avanços ele se referia e ele me respondeu:
“Nós alcançaremos a solução para todos os problemas de ordem social, como
a solução para a pobreza e a fome que estarão extintas; teremos a
descoberta da cura de todas as doenças do corpo físico pela manipulação genética
nos avanços da Medicina; o homem terrestre terá amplo e total acesso à
informação e à cultura, que se fará mais generalizada; também os nossos
irmãos de outros planetas mais evoluídos terão a permissão expressa de
Jesus para se nos apresentarem abertamente, colaborando conosco
e oferecendo-nos tecnologias novas, até então inimagináveis ao nosso atual
estágio de desenvolvimento científico; haveremos de fabricar aparelhos
que nos facilitarão o contato com as esferas desencarnadas, possibilitando
a nossa saudosa conversa com os entes queridos que já partiram para
o além-túmulo; enfim estaríamos diante de um mundo novo, uma nova Terra,
uma gloriosa fase de espiritualização e beleza para os destinos de
nosso planeta.”
Então perguntei a ele: Chico, até agora você tem me falado apenas da
melhor hipótese, que é esta em que a humanidade terrestre permaneceria em
paz até o fim daquele período de 50 anos. Mas, e se acontecer o caso das
nações terrestres se lançarem a uma guerra nuclear? “Ah!, caso a
humanidade encarnada decida seguir o infeliz caminho da III Guerra
Mundial, uma guerra nuclear de consequências imprevisíveis e desastrosas,
aí então a própria mãe Terra, sob os auspícios da Vida Maior, reagirá com
violência imprevista pelos nossos homens de ciência. O homem começaria a
III Guerra, mas quem iria terminá-la seriam as forças telúricas da
natureza, da própria Terra cansada dos desmandos humanos, e
seríamos defrontados então com terremotos gigantescos; maremotos e ondas
(tsunamis) consequentes; veríamos a explosão de vulcões há muito tempo
extintos; enfrentaríamos degelos arrasadores que avassalariam os polos do
globo com trágicos resultados para as zonas costeiras, devido à elevação
dos mares; e, neste caso, as cinzas vulcânicas associadas às irradiações
nucleares nefastas acabariam por tornar totalmente inabitável todo o
Hemisfério Norte de nosso globo terrestre.”
Segundo o médium, “em todas as duas situações, o Brasil cumprirá o seu
papel no grande processo de espiritualização planetária. Na melhor das
hipóteses, nossa nação crescerá em importância sociocultural, política e
econômica perante a comunidade das nações. Não só seremos o celeiro
alimentício e de matérias-primas para o mundo, como também a grande fonte
energética com o descobrimento de enormes reservas petrolíferas que farão
da Petrobras uma das maiores empresas do mundo”.
E prosseguiu Chico: “O Brasil crescerá a passos largos e ocupará
importante papel no cenário global, e isso terá como consequência a
elevação da cultura brasileira ao cenário internacional e, a reboque, os
livros do Espiritismo Cristão, que aqui tiveram solo fértil no seu
desenvolvimento, atingirão o interesse das outras nações também.
Agora, caso ocorra a pior hipótese, com o Hemisfério Norte do
planeta tornando-se inabitável, grandes fluxos migratórios se formariam
então para o Hemisfério Sul, onde se situa o Brasil, que então seria
chamado mais diretamente a desempenhar o seu papel de Pátria do Evangelho,
exemplificando o amor e a renúncia, o perdão e a compreensão espiritual perante
os povos migrantes.
A Nova Era da Terra, neste caso, demoraria mais tempo para chegar com
todo seu esplendor de conquistas científicas e morais, porque seria
necessário mais um longo período de reconstrução de nossas nações e
sociedades, forçadas a se reorganizarem em seus fundamentos mais básicos.”
Pergunta Marlene Nobre pela Folha Espírita - Segundo Chico Xavier,
esses fluxos migratórios seriam pacíficos? Geraldo - Infelizmente
não. Segundo Chico me revelou, o que restasse da ONU acabaria por decidir
a invasão das nações do Hemisfério Sul, incluindo-se aí obviamente o
Brasil e o restante da América do Sul, a Austrália e o sul da África, a fim de
que nossas nações fossem ocupadas militarmente e divididas entre
os sobreviventes do holocausto no Hemisfério Norte. Aí é que nós,
brasileiros, iríamos ser chamados a exemplificar a verdadeira fraternidade
cristã, entendendo que nossos irmãos do Norte, embora invasores a “mando
militar” e não deixariam de estar sobrecarregados e aflitos com as
consequências nefastas da guerra e das hecatombes telúricas, e, portanto,
ainda assim, devendo ser considerados nossos irmãos do caminho,
necessitados de apoio e arrimo, compreensão e amor.
Neste ponto da conversa, Chico fez uma pausa na narrativa e completou:
“Nosso Brasil como o conhecemos hoje será então desfigurado e dividido
em quatro nações distintas. Somente uma quarta parte de nosso
território permanecerá conosco e aos brasileiros restarão apenas os
Estados do Sudeste somados a Golias e ao Distrito Federal. Os norte
americanos, canadenses e mexicanos ocuparão os Estados da Região Norte do
País, em sintonia com a Colômbia e a Venezuela. Os europeus virão ocupar
os Estados da Região Sul do Brasil unindo-os ao Uruguai, à Argentina e ao
Chile. Os asiáticos, notadamente chineses, japoneses e coreanos, virão
ocupar o nosso Centro-Oeste, em conexão com o Paraguai, a Bolívia e o
Peru. E, por fim, os Estados do Nordeste brasileiro serão ocupados pelos
russos e povos eslavos.
Nós não podemos nos esquecer de que todo esse intrincado processo tem a
sua ascendência espiritual e somos forçados a reconhecer que temos muito
que aprender com os povos invasores.
Vejamos, por exemplo: os norte-americanos podem nos ensinar o respeito
às leis, o amor ao direito, à ciência e ao trabalho. Os europeus, de uma
forma geral, poderão nos trazer o amor à filosofia, à música erudita, à
educação, à história e à cultura. Os asiáticos poderão incorporar à nossa
gente suas mais altas noções de respeito ao dever, à disciplina, à honra,
aos anciãos e às tradições milenares. E, então, por fim, nós brasileiros,
ofertaremos a eles, nossos irmãos na carne, os mais altos valores de
espiritualidade que, mercê de Deus, entesouramos no coração fraterno e
amigo de nossa gente simples e humilde, essa gente boa que reencarnou na
grande nação brasileira para dar cumprimento aos desígnios de Deus e
demonstrar a todos os povos do planeta a fé na Vida Superior, testemunhando a
continuidade da vida além-túmulo e o exercício sereno e nobre da
mediunidade com Jesus”.
FE: O Brasil, embora sofrendo o impacto moral dessa
ocupação estrangeira, estaria imune aos movimentos telúricos da Terra?
Infelizmente, não. Segundo Chico Xavier, o Brasil não terá privilégios e
sofrerá também os efeitos de terremotos e tsunamis, notadamente nas zonas
costeiras. Acontece que de acordo com o médium, o impacto por aqui será
bem menor se comparado com o que sobrevirá no Hemisfério Norte do planeta.
Você também crê que a ida do homem à Lua, em julho de 1969,
tenha precipitado de certa forma a preocupação com as conquistas
científicas dos humanos, que poderiam colocar em risco o equilíbrio do
Sistema Solar?
A revelação de Chico Xavier a respeito traz, nas entrelinhas, essa
preocupação celeste quanto às possíveis interferências dos humanos
terráqueos nos destinos do equilíbrio planetário em nosso Sistema Solar.
Pelo que Chico Xavier falou, alguns dos seres angélicos de outros orbes
planetários não estariam dispostos a nos dar mais este prazo de 50 anos,
que vencerá daqui a apenas oito anos, temerosos talvez de nossas nefastas
e perniciosas influências.
Essa última hora bem que poderia ser por nós considerada como a
última bênção misericordiosa de Jesus Cristo em nosso favor, uma vez que,
pela explicação de Chico Xavier, foi ele, Nosso Senhor, quem advogou em
favor de nossa causa, ainda mais vez mais.
Outra decisão dos benfeitores espirituais da Vida Maior foi a que
determinou que, após o alvorecer do ano 2000 da Era Cristã, os espíritos
empedernidos no mal e na ignorância não mais receberiam a permissão para
reencarnar na face da Terra. Reencarnar aqui, a partir dessa data
equivaleria a um valioso prêmio justo, destinado apenas aos espíritos mais
fortes e preparados, que souberam amealhar, no transcurso de múltiplas
reencarnações, conquistas espirituais relevantes como a mansidão, a
brandura, o amor à paz e à concórdia fraternal entre povos e nações.
Insere-se dentro dessa programação de ordem superior a própria
reencarnação do mentor espiritual de Chico Xavier, o espírito Emmanuel,
que, de fato, veio a renascer, segundo Chico informou a variados amigos
mais próximos, exatamente no ano 2000.
Certamente, Emmanuel, reencarnado aqui no coração do Brasil, haverá
de desempenhar significativo papel na evolução espiritual de nosso orbe.
Todos os demais espíritos, recalcitrantes no mal, seriam então, a partir
de 2000, encaminhados forçosamente à reencarnação em mundos mais
atrasados, de expiações e de provas aspérrimas, ou mesmo em mundos
primitivos, vivenciando ainda o estágio do homem das cavernas, para
poderem purgar os seus desmandos e a sua insubmissão aos desígnios
superiores. Chico Xavier tinha
conhecimento desses mundos para onde os espíritos renitentes estariam
sendo degredados. Segundo ele, o maior desses planetas se chamaria Kírom
ou Quírom.
É a nossa última chance, é a última hora... Não há mais tempo para
o materialismo. Não há mais tempo para ilusões ou enganos imediatistas.
Ou seguiremos com a Luz que efetivamente buscarmos, ou nos afundaremos
nas sombras de nossa própria ignorância. Que será de nós? A resposta está
em nosso livre-arbítrio, individual e coletivo. É a nossa escolha de hoje
que vai gerar o nosso destino. Poderemos optar pelo melhor caminho, o
da fraternidade, da sabedoria e do amor, e a regeneração chegará para nós
de forma brilhante a partir de 2019; ou poderemos simplesmente escolher
o caminho do sofrimento e da dor e, neste caso infeliz, teremos um
longo período de reconstrução que poderá durar mais de mil anos, segundo
ChicoXavier. Entretanto, sejamos otimistas.
Lembremo-nos que deste período de 50 anos já se passaram 42 anos em que
as nações mais desenvolvidas e responsáveis do planeta conseguiram se
suportar umas às outras sem se lançarem a uma guerra de extermínio
nuclear. Essa era a pré-condição imposta por Jesus.
Não estamos entregues à fatalidade nem predeterminados ao sofrimento.
Estamos diante de uma encruzilhada do destino coletivo que nos une à
nossa casa planetária, aqui na Terra. Temos diante de nós dois caminhos a
seguir.
O caminho do amor e da sabedoria nos levará a mais rápida ascensão espiritual
coletiva.
O caminho do ódio
acarretaria um amplo dispêndio de séculos na reconstrução material e espiritual
de nossas coletividades. Tudo virá de acordo com nossas escolhas de agora, individuais e coletivas.
Oremos muito.
O próprio Emmanuel, através de Chico Xavier, respondendo a uma entrevista já publicada em livro nos diz que as profecias são reveladas aos homens para não serem cumpridas. São na realidade um grande aviso espiritual para que
nos melhoremos e afastemos de nós a hipótese do pior caminho.
Paz e Bênçãos