JOANNA DE ÂNGELIS
Não fosse Jesus reencarnacionista e toda a
Sua mensagem seria fragmentária, sem suporte de segurança, por faltar-lhe a
justiça na sua mais alta expressão propiciando ao infrator a oportunidade
reeducativa, com o conseqüente crescimento para a liberdade a que aspira.
O amor por Ele ensinado, se não tivesse como
apoio a bênção do renascimento corporal ensejando recomeço e reparação, teria
um caráter de transitória preferência emocional, com a seleção dos eleitos e
felizes em detrimento dos antipáticos e desditosos.
Com o apoio na doutrina dos renascimentos
físicos, Ele identificava de imediato quais os necessitados que estavam em
condições de recuperar a saúde ou não, tendo em consideração os fatores que os
conduziam ao sofrimento. E por isso mesmo, nem todos aqueles que Lhe
buscavam a ajuda logravam-na ou recuperavam-se.
Porque sabia ser enfermo o Espírito, e não o corpo, sempre se
dirigia preferencialmente à individualidade, e não à personalidade de que se
revestia cada homem.
Sabendo acerca da fragilidade humana, emulava
à fortaleza moral, fiel à lei de causa e efeito vigente no mundo.
Não apenas no diálogo mantido com
Nicodemos, vibrou a Sua declaração quanto à “necessidade de nascer de novo”.
Ela se repete de forma variada, outras vezes, confirmando o processo das
sucessivas experiências carnais, método misericordioso do amor de Deus para o
benefício de todos os Espíritos.
Nenhuma surpresa causara aos Seus discípulos
a resposta a respeito do Elias que já viera, assim como a indagação em torno de
quem Ele seria, segundo a opinião do povo, em razão de ser crença, quase
generalizada à época, a pluralidade dos renascimentos.
Espírito puro, jamais enfermou, enfrentando
os fatores climáticos e ambientais mais diversos com a mesma pujança de força
e saúde a se refletir na expressão de beleza e de paz nEle estampada.
Quem
O visse, jamais O olvidaria, e todo aquele que Lhe sentisse o toque amoroso,
ficaria impregnado pelo Seu magnetismo para sempre.
É verdade que não poucos homens, que foram
comensais da Sua misericórdia, aparentemente O esqueceram... Todavia,
reencarnaram-se através da História, recordando-O às multidões, e ainda hoje se
encontram empenhados em fazê-lO conhecido e amado.
A psicoterapia que Ele utilizava era centrada
na reencarnação, por saber que o homem é o modelador do próprio destino,
vivendo conforme o estabeleceu através dos atos nas experiências passadas.
Por tal razão, jamais condenou a quem quer
que fosse, sempre oferecendo a ocasião para reparar o prejuízo e recuperar-se
diante da própria, bem como da Consciência Divina.
Sem preferência ou disputa por alguém ou
coisa alguma, a tudo e a todos amou com desvelo, albergando a humanidade de
todos os tempos no Seu inefável afeto.
Espalhou missionários pela Terra, falando
a linguagem da reencarnação, até o momento em que Ele próprio veio
confirmá-la, acenando com esperança futura de felicidade para todas as
criaturas.
Não te crucifiques na consciência de culpa,
após reconheceres o teu erro.
Não te encarceres em sombras, depois de
identificares os teus delitos.
Não te amargures em demasia, descobrindo-te
equivocado.
Renasce dos teus escombros e recomeça a
recuperação de imediato, evitando futuros retornos expiatórios, injunções
excruciantes, situações penosas.
Pede perdão e reabilita-te, ante aquele a
quem ofendeste e prejudicaste.
Se ele te desculpar, será bom para ambos.
Porém, se não o fizer, compreende-o e segue adiante, não mais errando.
Infelicitado por alguém, perdoa-o e desatrela-te
dele, facultando-lhe a paz e vivendo o bem-estar que decorre da ação correta.
A reencarnação de que te utilizas é
concessão superior, que não podes desperdiçar.
Cada momento é valioso para o teu trabalho
de sublimação, de desapego, de amor puro.
Abrevia os teus renascimentos agindo corretamente
e servindo sem cansaço, com alegria, porqüanto, para adentrares no reino dos
céus, que se estende da consciência na direção do infinito, é necessário nascer
de novo, conforme Ele acentuou.
Divaldo P. Franco – Joanna de Ângelis
Mensagem extraída do site: seara.espirita@uol.com.br