sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A ALEGRIA DOS OUTROS


Um jovem muito inteligente, certa vez aproximou-se de Chico Xavier e indagou-lhe:
Chico, eu quero que você faça uma pergunta ao seu guia espiritual, Emmanuel, pois necessito muito de orientação.
Eu sinto um vazio enorme dentro de meu coração. O que me falta, meu amigo?
Eu tenho uma profissão que me garante altos rendimentos, uma casa confortável, uma família ajustada, o trabalho na Doutrina Espírita como médium, mas sinto que ainda falta alguma coisa.
O que me falta Chico?
O médium olhando-o profundamente, ouviu a voz de Emmanuel que lhe respondeu:
Fale a ele, Chico, que o que lhe falta é a “alegria dos outros”!
Ele vive sufocado com muitas coisas materiais. É necessário repartir, distribuir para o próximo...
A alegria de repartir com os outros tem um poder superior, que proporciona a alegria de volta aquele que a distribui.
É isto que está lhe fazendo falta, meu filho: “a alegria dos outros”.
Será que já paramos para refletir que todas as grandes almas que já estiveram na Terra, estiveram intimamente ligados com algum tipo de doação?
Será que já percebemos que a caridade já esteve presente na vida de todos esses expoentes, missionários que habitaram o planeta?
Sim , todos os Espíritos elevados trazem como objetivo a alegria dos outros.
Não se refere o termo obviamente, à alegria passageira do mundo, que se confunde com euforia, com a satisfação de prazeres imediatos.
Não, essa alegria dos outros, mencionada por Emmanuel, é gerada por aqueles que se doam ao próximo, é criada quando o outro percebe que nos importamos com ele.
É quando o coração sorri, de gratidão, sentindo-se amparado por uma força maior, que conta com as mãos carinhosas de todos os homens e mulheres de bem.
Possivelmente, em algum momento, já percebemos como nos faz bem  essa alegria dos outros, quando de alguma forma conseguimos lhes ser úteis, nas pequenas e grandes questões da vida.
Esse júbilo alheio nos preenche o coração de uma forma indescritível. Não conseguimos narrar, não conseguimos colocar em palavras o que se passa em nossa alma, quando nos invade uma certa paz de consciência por termos feito o bem,de alguma maneira.
É a Lei maior de Amor, a Lei soberana do Universo, que da varanda de nossa consciência exala seu perfume inigualável de felicidade.
Toda vez que levamos alegria aos outros a consciência nos abraça, feliz e exuberante, segredando ao pé do ouvido: É Este o caminho... Continue...
Sejamos sempre nós que carreguemos o amor nas mãos, distribuindo-lhe pelo caminho como quem semeia as arvores  que nos farão sombra nos dias difíceis e escaldantes.
Sejamos os que carreguemos o amor nos olhos, desejando o bem a todos que passam por nós, purificando a atmosfera tão pesada dos dias de violência atuais.
E LEMBREMOS: “A ALEGRIA DOS OUTROS CONSTRUIRÁ A NOSSA FELICIDADE”.
Texto baseado em relato sobre episódio da vida de “Francisco Cândido Xavier”.

Um comentário:

  1. Muito bom. A alegria de ser Causa vem do reconhecimento de que não existe "outro". Por isso, Rumi, um grande místico Islâmico, escreve em seus versos:

    "Na verdade, somos uma só alma, tu e eu.
    Nos mostramos e nos escondemos tu em mim, eu em ti.
    Eis aqui o sentido profundo de minha relação contigo,
    Porque não existe, entre tu e eu, nem eu, nem tu."

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