Mesmo solitários, não deixamos de ser duas partes...
Uma, deseja ficar em profundo silêncio...
Outra quer gritar ao mundo o desejo de amar.
Mesmo doentes, não deixamos de ter dois desejos...
Um quer a cura imediata, sair da prostração,
Outro quer permanecer cercado de cuidados, atenção...
Mesmo perdidos em nossos devaneios, não deixamos de desejar
dois destinos...
Um quer a glória passageira da fama.
Outro quer apenas a vitória sobre nossos dramas, ser feliz
no anonimato do tempo.
Somos assim, côncavo e convexo, luz e escuridão em uma mesma
alma,
Uma parte que ri de qualquer coisa, e outra que chora por
nada.
Contradição e certeza, amor e desinteresse, paz e guerra.
Desejos e saciedade.
Estranhos personagens que habitam em nós, nessa novela
chamada vida.
Por isso, não se estranhe!
Viva cada momento da sua vida com intensidade, lembre-se
mais das coisas boas...
E por favor, esqueça-se dos maus momentos.
Aposente as dores, distraia a ilusão, faça um trato com o
amor, e ame muito...
E mais do que nunca.
Esqueça qualquer rancor.
Perdoe todas as ofensas, todas as pessoas...
As que já fizeram algo que você não gostou, e aquelas que
ainda nem erraram.
Seja livre!
Tudo só vale a pena com a liberdade!
Até para dizer que quer ficar preso ao velho amor, preso ao
velho emprego, preso ao velho sonho, preso em você.
Isso é liberdade total!
Essa capacidade de dizer que se ama e que vale a pena ser
feliz é uma doce prisão da nossa liberdade de ser simplesmente o que somos!
Autor: Paulo Roberto Gaefke
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